1. Em 2005 já tinham conhecimento do vazamento da casa? Quem andou a investigar?
Tivemos conhecimento que a casa estava devoluta porque lá passámosà porta. Para confirmar, bastou ir à lista, que é pública, de património devoluto
da CML.
2. Qual foi a ligação do grupo entre 24 de Novembro de 2010 e 25 de Abril de 2012? São dois anos que estiveram em plena comunicação para o movimento ser fortalecido?
e anunciadas. Basta seguir blogs e páginas web, para responder a esta questão.
3. Em que se basearam para escolher a Casa de São Lázaro? Está esta escolha associada ao objectivo da 1ª Ocupação? Ou será também uma estratégia para a ocupação total das casas em devoluto daquela rua?
a cidade foi construída para isso mesmo, ser habitada e vivida.
4. Porquê o "Habitar é um privilégio, Ocupar é um direito"? A vossa verdadeira intenção não é a actividade cultural na casa?
do possível. Que as casas tenham vida, seja cultural seja social, é o importante.
As verdadeiras intenções estão em permanente mudança, conforme as
necessidades que nos chegam.
5. Esta "arte" que afirmam ser para "todos" é de certa forma não cumprida quando o objectivo é levar a cultura a quem não a tem, a que nicho é que este "todos" se resumiu?
é para todxs, dado que as restantes pessoas já acedem à arte. Ou não é
assim?
6. Como é que podem afirmar não estarem associados a qualquer tipo de actividade política e financeira se toda a vossa iniciativa gira à volta de uma revolta de manifestos contra o capitalismo e a CML?
Lázaro como ocupação é política, e a própria existência do edifício devoluto é
politica. Em relação a actividade financeira, desde quando um manifesto contra
o capitalismo pressupõe actividade financeira? Ou será que um manifesto
anti violência doméstica pressupõe que andemos a bater nxs nossxs
companheirxs?
7. Porque é que este grupo associado a um movimento supostamente não capitalista e não activista continua a insistir em levar a cabo uma ideologia de revolta e manifestos?
contrario?
8. Se a vossa ideologia vai ao encontro do anti-capitalismo e anti-autoridade, porquê viver dentro do sistema?
a serra da Lousã, como certa Juíza do Porto? O sistema está em todo
o lado, desdeo centro das cidades capitais até às serranias mais
recônditas. Apenas num sítio nota-se mais que noutros.
9. Se havia espectáculos variados, lojas grátis, discussões livres, porque não terem uma independência financeira total e absoluta que leva a uma auto-suficiência? Não seria esta acção um manifesto mais eficaz e puro?
como outras quaisquer, com as nossas dificuldades e incoerências. E porque
acreditamos que viver é relacionarmo-nos, não gostamos de independências
absolutas.
10. Se parte de vocês se reviram no discurso da CML referente ao artigo 65º em que "habitar é um direito", porquê abandonar as vossas próprias casas para habitar uma que poderia ser ocupada por quem nenhuma tem?
feito, procuraríamos outra. Aquela ocupação em nada priva quem quer que
seja do direito à habitação, antes pelo contrario, ajuda a concretizar esse
direito, lançando o debate em geral e recuperando aquela casa em particular.
O que priva é o estado de abandono em que estava e ao qual agora regressou,
com o despejo camarário.
11. Criticam a violação de leis cometidas pelo Estado, mas o manifesto revela-se todo ele ilegal. Será que ficam assim no mesmo estado que a CML?
implícita ou explicitamente uma ordem de coisas que a nós nunca foram
perguntadas nem connosco decididas, nomeadamente em termos legais. Estamos disponíveis para
em assembleia e horizontalidade definir o que queremos para a nossa
cidade. E isso é totalmente diferente da organização hierárquica e burocrática
da CML.
12. "Temos uma ideia na cabeça, despejem-na se conseguirem!", não será um convite à força policial?
é manifestamente falta de educação.
13. Qual foi a vossa relação com a jornalista Sandra Coelho do Jornal Sul? Viveu com vocês?
a vimos, encontrei-a e achei-a parva. E a vossa relação com a vossa prima?
Tem alguma relevância ou parte destas respostas vão aparecer na Maria?
14.Sendo a desistência de S.Lázaro um sentimento evidente nos comunicados, qual será a próxima iniciativa para fazer face à expressão "Queremos afirmar que estamos aqui para durar até que da árvore do poder todos caiam de podre"?
nas ruas e onde quer que achemos que queremos estar e nos apeteça estar,
pois temos esse direito conquistado.