Monday, 14 May 2012

crónica no jornal i

crónica de Ricardo Noronha sobre a casa de S. Lázaro, no jornal i

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Um novo e alargado grupo de pessoas voltou ao lugar do crime no dia 25 de Abril para, num gesto de ressonâncias bíblicas, ressuscitar Lázaro. Encheram o edifício de vida e organizaram concertos, debates, exposições, oficinas e outras excentricidades, sem cobrar nada e com a porta aberta a quem aparecesse. Nada que sensibilize a atarefada vereadora da habitação, que, através da Polícia Municipal, intimou os ocupantes a deixar o edifício “limpo e devoluto” num prazo de dez dias.

Helena Roseta, que tem um arsenal de ideias de esquerda para a cidade, está aberta ao diálogo, nomeadamente para dizer o que é que não se pode fazer, escondendo-se atrás dos regulamentos e dos programas camarários, cujos méritos são visíveis quando se consulta a lista dos edifícios limpos e devolutos da C.M.L.

A autarquia ignorou durante anos a existência daquele prédio. Nada se perderá se continuar a fazê-lo. Os lisboetas saberão dar-lhe uso.

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